Just 'cause you feel it...

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Esses últimos meses andei pensando e eu preciso mesmo fazer um seguro. Liguei pra um monte de lugar essa manhã, mas fiquei sem qualquer resposta que ao menos fosse pronunciável e também ouvi muitos sons mudos de telefones desligados. Ninguém deu sinal positivo.

Passei a tarde então tentando entender essa ausência de resposta, de aceitação... Afinal não seria isso a coisa mais preciosa que alguém pode ter na vida? Porque é tão estranho querer guarda-lo longe dos perigos do tránsito, dos vírus, do álcool, dos sentimentos, da dor, das pessoas, das picadas de insetos...

Então fui andar no parque. Claro que me perdi no meio do caminho, claro que acho que google maps é para os fracos, claro que esqueci de pegar minha garrafa de água e dinheiro na carteira antes de sair e claro que esqueci que não tenho mais preparo físico para as ladeiras da Aclimação... Só não esqueci a velha trip 35 de guerra pra tirar algumas fotos e não me sentir tão sozinha nessa cidade que tem 11 milhões de rostos desconhecidos.

Lá no parque tem um lago, banquinhos e uma vista que vale todo o stress de ser nova na cidade e não conhecer o lugar direito. Nos banquinhos,enquanto espero recuperar meu fôlego ridículo, olhando o lago que é tão tranquilo e sereno, senta uma senhora ao meu lado. Me disse que morar aqui pelas redondezas fez muito bem pra ela porque esse parque deu uma vida nova a ela e blá blá blá bla... E no final, antes de voltar para seus exercícios diários ela fala: "Vocês jovens deviam se preocupar mais com o coração, o tempo passa pra todo mundo", e foi embora, assim.

Olhe, só posso dizer que tô tentando cuidar dele, o máximo que consigo...

Hearts Rain

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